Cargill inaugura sua fábrica mais tecnológica e coloca País em destaque no mapa global de pectina

BEBEDOURO / SÃO PAULO (08 de setembro de 2021) – A Cargill inaugurou sua mais nova e mais moderna fábrica no Brasil. Apostando no aumento anual de até 4% na demanda global por pectina, fibra solúvel obtida com a casca da laranja, a empresa começou oficialmente a produzir em sua unidade localizada em Bebedouro, no interior de São Paulo.

Anunciada em 2018 com um investimento inicial de R$ 550 milhões, a construção da nova fábrica sofreu poucos impactos na agenda, mas precisou ser repensada em 2020 por conta das restrições impostas pela pandemia. Ao todo, mais de 1000 profissionais se envolveram direta e indiretamente para transformar a unidade em uma espécie de benchmarking para a empresa no mundo todo. A nova fábrica da Cargill vai gerar 120 novos postos de trabalho, a maior parte deles com contratação em Bebedouro e região.

Essa é a quarta unidade de pectina da Cargill e a maior das Américas. Ela se torna o novo marco da ampliação do portfólio “label friendly”, ou seja, obtido com matéria-prima de origem natural. Na avaliação do diretor-geral de Amidos e Adoçantes da empresa na América do Sul, Laerte Moraes, a fábrica é também uma resposta ao novo perfil do consumidor que se fortaleceu na última década. “Há pouco tempo, não se justificaria um investimento tão alto para entregar uma unidade de última geração focada em pectina. Hoje, isso é nossa maior conquista e tornou o Brasil uma vitrine para os outros países”, comemora Moraes.

Demanda por pectina

Combinadas, as produções de pectina da Cargill colocam a empresa entre os dois maiores fornecedores da fibra solúvel no mundo. A versão brasileira é um ganho para a empresa porque o portfólio se tornou mais robusto e inovador.

A escolha de Bebedouro se explica pelo histórico de quase 100 anos de produção de laranja na cidade paulista. O boom citrícola se deu entre as décadas de 1970 e 1980, o que fez a cidade ser chamada informalmente de “Califórnia brasileira” e compor oficialmente o cinturão citrícola do País. A própria Cargill participou desta história por 30 anos quando vendeu sua unidade que produzia sucos de laranja e derivados, em 2004. “Essa volta é também um avanço porque tanto a Cargill quanto a cidade cresceram muito nestes 17 anos”, analisa Laerte Moraes.

A localização geográfica, dessa forma, facilita o acesso às matérias-primas, pois as laranjas são cultivadas a poucos quilômetros da fábrica. A demanda por pectina, porém, não está concentrada apenas na região: a nova fábrica foi planejada para colocar a Cargill em uma nova posição do setor que cresce influenciado pelo consumo de bebidas lácteas ácidas, iogurte, geleia, doces e balas, alguns dos principais destinos da pectina. “Nossa nova fábrica abastece também um novo tipo de consumidor, mais exigente com a origem dos produtos e mais atento aos diferentes teores de açúcar em produtos”, completa Laerte Morares ao lembrar que o tipo de pectina produzida em Bebedouro é a HM (High-Methoxyl, ou alta metoxilação em português), própria para o uso combinado com outros produtos por atuar também como estabilizante, espessante e gelificante. A pectina funciona, inclusive, como substituto da gelatina em dietas livres de proteína animal.

Tecnologia e sustentabilidade

Globalmente, a novidade da Cargill se tornou um benchmarking porque a fábrica foi inteiramente planejada de acordo com tecnologias avançadas e segurança do trabalho. As duas áreas caminharam juntas desde o início para atender tanto uma demanda interna da empresa em manter a segurança em primeiro lugar quanto para avançar na estratégia global da empresa com o portfólio de Especialidades.

O resultado é uma unidade fabril que reduz suas emissões de CO2, inclusive por contar com uma distância menor entre a matéria-prima e a fábrica, o que otimiza o transporte dos insumos. A nova planta de pectina é inaugurada já dentro das novas diretrizes da Cargill que, nos últimos cinco anos, reduziu em 20% o consumo de energia em suas unidades europeias. A fábrica de Bebedouro vai consumir energia térmica gerada a partir de biomassa e biogás, utilizando-se de tecnologias e boas prática de sustentabilidade já aplicadas em outras unidades da empresa.

A nova fábrica da Cargill em alguns números:

• Essa é a quarta unidade da empresa com foco em pectina. As outras três estão localizadas em Malchin (Alemanha), Redon (França) e Milazzo (Itália).
• R$ 550 milhões investidos na infraestrutura. 120 novos empregos estão previstos em posições administrativas, de produção e qualidade.
• Durante a construção, mais de 1000 profissionais foram envolvidos com um total de 2 milhões de horas trabalhadas.
• Bebedouro está a 380km de São Paulo e o escoamento de produtos é facilitado por rodovias estaduais e federais até o Porto de Santos, onde a pectina brasileira ser embarcada rumo à Europa e Ásia.